As mulheres passaram a estar autorizadas a fazer parte do Clube Madeirense do Santíssimo Sacramento, de New Bedford e serem membros da comissão que organiza a popular Festa do Santíssimo Sacramento, que até aqui eram exclusivamente masculinas.
Foi uma vitória para as mulheres de origem madeirense que há muitos anos vinham lutando pelo direito de servir ao lado dos seus homólogos masculinos.
O clube realizou uma votação para alterar o seu estatuto no dia 28 de abril e a alteração dos estatutos foi aprovada por 116 votos contra 21.
No outono passado, foi votada uma proposta para permitir que as mulheres servissem, mas a alteração exigia apoio de 75% dos associados e a votação foi dividida 50-50.
“Estamos tão entusiasmadas e emocionadas com isso porque ainda vai demorar muito. Não tinha certeza, não estava otimista com o resultado de hoje, mas estou ansiosa para seguir em frente com o clube e estar disponível para prestar qualquer assistência para implementar esta transição”, disse a antiga conselheira municipal Jane Gonsalves.
A votação ocorre após ameaça de processo. Em março, sete mulheres, incluindo Jane Gonsalves, alegaram discriminação de sexo do Clube Madeirense S.S. Sacramento, qualificando a sua regra que proíbe membros femininos de “proibição sexista”.
Os estatutos do clube, até hoje, proibem as mulheres de servir como “festeiras”, ou membros da comissão da festa, um pré-requisito para se tornarem membros plenos do clube.
Se a exigência masculina não fosse eliminada, as mulheres pretendiam apresentar queixa na Comissão Contra a Discriminação de Massachusetts e uma ação judicial no Tribunal Superior do Condado de Bristol.
A última vez que o clube aumentou o número de associados foi no final da década de 1990. Naquela altura, estava limitado a filhos de pais com ascendência madeirense, mas os filhos de mães com ascendência madeirense foram então autorizados a servir.
Desde dezembro, mais de 30 mulheres já se inscreveram para serem festeiras e algumas poderão servir na comissão da festa deste ano.