É tempo que a gente faz
Passar, mas que encerra
Um período fingindo a Paz
Entre uma e outra guerra!
A Paz é o que queremos,
Sem a ter, se faz a queixa,
Às vezes a Paz não temos,
Porque quem manda não deixa!
Quem vive num lado errado,
Obrigado a suportar,
O seu vizinho do lado,
Que quer a Paz nos tirar!
E o vizinho, em questão,
Que nos traz tão abalado,
Pode ser uma nação,
Ou só vizinho do lado!
Mas também uma presença,
De qualquer senhor da terra
Por ser forte se convença
Ser dele tudo que encerra!
Mas, a Paz tão desejada,
Duma maneira geral,
Não consta ser declarada,
Todas nações por igual!
Por vezes são coisas soltas,
Isoladas, o que é triste,
Basta haver motins, revoltas,
Esta Paz já não existe!
A Paz, sem qualquer favor,
Dá-nos tudo o que é preciso,
Aonde existe o Amor,
É formado o Paraíso!
Uma Paz, mas de verdades,
Firme, dentro da razão,
Tem que haver Boas Vontades,
E muita, muita união!
A Paz firme que se goza,
Por vezes ela se solta,
Basta uma ovelha ranhosa,
Para armar uma revolta!
E numa revolta armada,
Entre gente bem teimosa,
A guerra está declarada,
Por vezes, bem vergonhosa!
Vergonhosa, irracional,
Metida em maus lençóis,
Matando quem não faz mal,
P’ ra provar que são heróis!
Seus modos são excelentes,
Gritam, abrem bem a boca
Por terem as costas quentes,
Seguras, ninguém lhes toca!
Formam um período de Paz,
Dum modo bastante estranho,
Porque somente se faz,
Quando tudo já está ganho!
Mas, ganho, deitem sentido,
Após tudo destruído!…
P. S.
Vamos-nos unir para a Paz!
Se um fio de linha rebenta,
Com uns milhares se torça,
Tudo quanto prende aguenta,
A União, faz a força!
É como sejam pilares,
Até o povo ao se unir,
Com milhares, junto a milhares,
Ninguém pode o destruir!
Unidos, não há quem torça,
A União faz a força!