A história do Portuguese Times

 

Fundado em New Jersey, 1971, por Augusto Saraiva, português natural de Coimbra falecido em 2016, PORTUGUESE TIMES, ao longo de mais de quatro décadas da sua existência, tem desempenhado um relevante papel na promoção e divulgação da língua e cultura portuguesas nos Estados Unidos da América. Com circulação nacional e assinantes em quase todos os estados do país, PORTUGUESE TIMES tem contribuído para reforçar o movimento associativo nas comunidades portuguesas dos Estados Unidos e servido de instrumento de ligação entre as várias comunidades e seus agentes.

Em 1973 foi adquirido por um grupo de empresários luso-americanos de Massachusetts, e em janeiro 1974 era publicado a partir de New Bedford, até aos dias de hoje.

Efetivamente, Portuguese Times tem sido o arauto das atividades e iniciativas das associações lusas que proliferam pela Nova Inglaterra, muito particularmente nos estados de Massachusetts e Rhode Island, onde reside numerosa comunidade portuguesa e luso-descendente.

Este relevante papel foi reconhecido pelo Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas quando, em Setembro de 1996, este semanário português foi reconhecido pelo seu importante serviço à comunidade de língua portuguesa com a Placa de Mérito das Comunidades Portuguesas, grau ouro, por ocasião da celebração das “bodas de prata” do jornal.

O PT conseguiu solidificar o seu prestígio e estruturar a sua presença no seio de uma comunidade que se mantém vivamente interessada e atuante em relação ao que vai sucedendo no país do seu coração. Assim, o Portuguese Times tem cumprido essa ligação de duplo sentido, levando aos seus leitores uma informação objetiva, independente e atualizada sobre o que acontece no país moderno, desenvolvido e europeu que é o Portugal de hoje, e, por outro lado, permitindo ressaltar a rica vivência comunitária e associativa dos portugueses na emigração.

Um órgão de comunicação social deve estar “sintonizado” com o meio onde exerce essas nobres funçoes, é precisamente com base nesse princípio que continuamos a prestar serviço. Assim, as atividades comunitárias – permitem-me destacar o papel de relevo das organizações lusas na preservação e divulgação das tradições e costumes da terra de origem - têm merecido ao longo dos anos destaque de primeiro plano sem nunca perder de vista o que se vai passando pela terra de origem da maioria dos nossos leitores.

Uma das mais nobres tarefas do Portuguese Times ao longo dos anos tem sido a publicação de suplementos especiais dedicados ao ensino de português nas escolas e organizações lusas pela Nova Inglaterra. É simultaneamente um incentivo aos alunos e respetivas escolas e um reconhecimento da nobre tarefa que essas organizações prestam à preservação e divulgação da língua de Camões. O PT tem sido na realidade um instrumento de divulgação da língua e isso temos constatado nas mais diversas situações e cenários onde estamos inseridos: é-nos gratificante saber que alguns luso-descendentes e até mesmo leitores de outras nacionalidades utilizam o jornal como meio de aprenderem um pouco a língua e estarem a par da vivência dos portugueses ali residentes.

O Portuguese Times tem sido também, ao longo destas quatro décadas de existência, um importante elo de ligação entre as comunidades portuguesas espalhadas pelos Estados Unidos, uma vez que temos assinantes em praticamente todos os estados do país e é através deste órgão que os leitores ficam a saber do que se passa por essas comunidades e temos casos concretos de assinantes e leitores que utilizam o jornal como instrumento de contato entre as diversas comunidades e as suas atividades diversas.

Ao longo destas quatro décadas de existência, o Portuguese Times tem sido um repositório rico de reflexões sobre a experiência da nossa diáspora, facto deveras singular na imprensa das comunidades portuguesas fora de Portugal, tornando-o assim num jornal de referência, nesse aspeto. Apresentamos na nossa secção de CRÓNICAS um vasto rol de testemunhos valiosos que ajudarão a compreender quem, no futuro, quiser compreender o universo comunitário por todos nós partilhado. O jornal funciona assim como uma consciência coletiva graças ao papel desses colaboradores que foram sempre pensando os problemas da comunidade, partilhando as suas reflexões com os leitores. Muitos dos nossos colaboradores e cronistas têm colaborado também nas mais categorizadas publicações de Portugal.

O jornal celebrou em Fevereiro de 2021 meio século de existência, tendo sido agraciado por diversas entidades estaduais e municipais de Massachusetts e Rhode Island, pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, pela Assembleia Legislativa Regional dos Açores e ainda pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, ilha Terceira.

Propriedade de Eduardo Sousa Lima, o jornal tem como diretor atualmente, Francisco Resendes, um açoriano natural do concelho do Nordeste, São Miguel.