Conluio parlamentar

 

São, na verdade, todos iguais. E só lutam por um único ideal: A sua algibeira. Pelo menos foi o espetáculo que “ofereceram” ao Zé Povo, pagante de todas essas bagatelas, nas várias tentativas para a eleição de um presidente para a nova Assembleia em São Bento. Pareciam um bando de gafanhotos. Uma praga desenfreada e confusa.
A tempestade perfeita para partidos como o Chega. E depois queixem-se por estes terem eleito 50 deputados! Continuam a alimentar o monstro, que da próxima eleição pode engordar ainda mais.
O partido Chega, é um filho natural dos outros partidos políticos. Principalmente do PS e do PSD, responsáveis pela governação das cinco décadas de Democracia em Portugal. 
O partido Chega é a consciência desassossegada de todos e todas que ao longo dos anos vêm assistindo às inúmeras desgovernações praticadas por vários responsáveis da política pública.
Comportaram-se, por estes dias, como um bando de crianças com menos de seis anos, em pleno infantário. Aquilo nem parecia a Casa da Democracia. 
Mas apesar de tudo, há agora uma espectativa da parte do país. Um novo governo existe e, à partida, com alguns dos intérpretes ministeriais muito capazes. Gente que abriu esperanças ao futuro próximo.
Para os Açores, este governo pode ser positivo. Tudo é melhor do que Augusto Santos Silva e alguns dos seus camaradas. 
“…se o PS combinasse com a AD, os dois teriam 158 deputados. Os tais dois terços do parlamento, necessários para reformas estruturais de que o país tanto carece.
Nestes 50 anos de aniversário da instauração da Liberdade, a qual gerou a Democracia que vivemos hoje, esta seria a melhor prenda que os três partidos (PS/PSD/CDS) fundadores do regime democrático poderiam dar a Portugal. Se fizessem isto, o Chega cairia a pique, porque ninguém precisaria dele. Seria reduzido ao mesmo que os comunistas e todos os outros votos pingados. Reduzido à sua insignificância.”
Nada melhor que um conluio parlamentar positivo, para alterar uma Constituição que urge modernizar. E só o Partido Socialista e o PSD podem fazê-lo. São eles que governam alternadamente e com profundo conhecimento do país, da política e da governação. Estas duas forças políticas, constituídas, na sua maioria, por uma geração jovem e moderna, podem levar o país aos píncaros do progresso.
Mas… eu devo estar a sonhar, porque tal não acontecerá.
Ou estarei, felizmente, enganado?