
O temor pela ameaça do uso de armas destruidoras como as nucleares, fazem com que todos se sintam de mãos atadas para interpelar pelo fim deste
holocausto global.
Este nosso mundo nunca passou um Natal em paz absoluta.
Apesar da inspiração que nesta época nos evoca o nascimento da Paz, os humanos teimam em bater-se, em matar-se mutuamente pelos mais variados e estranhos interesses.
Os inocentes continuam a dormir ao relento, com fome e sem esperança.
Os senhores da guerra continuam a ignorar que todos nascemos iguais. De forma estranha, continuam a dormir tranquilos, apesar de ordenarem a morte de mais umas quantas milhares de vidas a cada dia que passa.
Há cada vez mais órfãos na destruição que grassa pela Europa e pela Terra Santa. Milhares de crianças mortas em nome de religiões, de crenças sempre impunes, em nome de deuses inexistentes, dogmáticos e manipulações religiosas.
Atravessamos tempos muito difíceis num mundo confuso e aterrador, com a guerra a espalhar-se por cada vez mais países.
Os interesses económicos e financeiros esmagam toda a espécie de direitos humanos, de liberdades e dignidades.
Precisamos, urgentemente, de fazer uma paragem nesta carnificina quase global.
Precisamos repensar a existência humana, exigindo com coragem a todos os que infringem as leis básicas do direito à vida, de que não ficarão impunes.
A seguir à segunda guerra (1939-1945), foi instituído o Tribunal de Nuremberga, para que fossem julgados todos os criminosos de guerra.
Desta vez, ninguém quer falar a sério sobre o problema dos criminosos atuais. Torna-se praticamente impossível travar os atos que continuam sendo cometidos em todas as recentes guerras.
O temor pela ameaça do uso de armas destruidoras como as nucleares, fazem com que todos se sintam de mãos atadas para interpelar pelo fim deste holocausto global.
Os ditadores assassinos estão à solta e armados até aos dentes, perante a nossa impotência.
Aqui, neste recanto do oceano Atlântico, resta-nos continuar a assistir, com a derradeira esperança de que os homens responsáveis pelos povos desprovidos de vida, tenham uma queda de consciência e retornem à sua condição de humanidade plena.
O retrocesso civilizacional que provocaram, não pode prevalecer no futuro próximo, sob grave risco da vida ser varrida do planeta.
